Endereço na Praia das Astúrias levou o ex-presidente à prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.


Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da frente Povo Sem Medo ocuparam, na manhã desta segunda-feira (16), o apartamento triplex localizado no Edifício Solaris, na Praia das Astúrias, em Guarujá, endereço que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Manifestantes também realizaram ato em frente à portaria do prédio.

Os manifestantes, que entraram no apartamento por volta das 8h30, ficaram no local por cerca de duas horas. Os militantes pró-Lula saíram às 11h35, após pedido da Polícia Militar. 

De acordo com o capitão da PM Eduardo Luiz da Silva, comandante da 1ª Cia do 21ºBPM/I, para entrar no edifício, os manifestantes quebraram o portão de acesso aos veículos e pularam algumas cercas. "Aparentemente o imóvel está em situação de abandono, preliminarmente também constatamos só a porta arrombada, mas cabe a perícia da Polícia Federal dar o parecer final".

Josué Rocha, coordenador nacional do MTST, afirmou que a entrada no edifício foi "tranquila, sem violência". Ele disse ainda que o ato se justifica pois o processo que condenou Lula foi uma "farsa".

"Se o triplex é do Lula, ele é nosso. Se ele não é, porque o Lula está preso? Esse é o nosso questionamento. Se é dele, ele que tem que pedir para a gente sair", afirma o coordenador do MTST. 

Equipes da Polícia Militar e da Guarda Civil do Município acompanham a manifestação. Segundo informações da PM, cerca de 30 pessoas conseguiram estão no apartamento. Já Rocha afirma que o triplex foi ocupado por 100 manifestantes, da Baixada Santista e da Capital Paulista.

Do lado de fora, por volta das 10 horas, cerca de 40 pessoas estavam presentes na manifestação.

Débora Camilo, militante do PSOL, diz o ato tem por objetivo questionar a prisão do ex-presidente Lula e "levantar um debate sobre a propriedade do triplex", que no entendimento do movimento, não ficou provado ser de Lula.

"(A condenação) tem viés político para tirar o ex-presidente como candidato à Presidência da República. Que ele seja vencido nos votos e não com o rompimento da democracia", afirma Débora. 

A Reportagem apurou que essa manifestação é o primeiro ato de uma série de protestos que serão realizados em todo o País. Por enquanto, não estão programados outros atos para a Baixada Santista, além da ocupação.

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