Uma nova pesquisa eleitoral nacional divulgada pelo Instituto Opinião, com base em entrevistas realizadas em todo o Brasil, indica que a disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) pode estar mais acirrada no segundo turno das eleições presidenciais de 2026 do que muitos analistas previam até então.
De acordo com o levantamento, realizado entre os dias 15 e 17 de dezembro de 2025 com 2.000 eleitores, Lula aparece à frente com 42% das intenções de voto, enquanto o senador Flávio Bolsonaro registra 37,6% nesse cenário — uma diferença de 4,4 pontos percentuais entre os dois. A soma de indecisos e eleitores que declararam voto em branco ou nulo ultrapassa 20% do eleitorado.
Resultados e contexto
A pesquisa aponta que, embora Lula mantenha vantagem na simulação de segundo turno, Flávio Bolsonaro tem conseguido reduzir a distância em relação ao presidente, em um recorte que chama a atenção pelo desempenho relativamente competitivo do candidato do PL.
Segundo o instituto, a margem de erro do levantamento é de 2,5 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%. As entrevistas foram feitas por telefone, abrangendo diferentes regiões e perfis do eleitorado brasileiro.
A pesquisa também comparou outros cenários de segundo turno: em disputas contra outros nomes da direita, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, Lula aparece com vantagem também nesses cenários.
Repercussão e análise
Especialistas políticos ouvidos pela reportagem destacam que o desempenho de Flávio Bolsonaro nesse levantamento reflete tanto a fidelidade de uma parte do eleitorado bolsonarista quanto a fragmentação de votos entre os diferentes nomes no campo conservador. Ainda assim, a vantagem de Lula no cenário nacional mostra que o atual presidente continua forte entre segmentos centrais do eleitorado, apesar de índices de desaprovação registrados no estudo.
Os números indicam que a corrida presidencial de 2026 ainda está em aberto, com espaço para mudanças nos próximos meses, especialmente com o avanço de campanhas, debates e a definição de coligações partidárias.
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