Reeleição de Carlos Brandão ao governo foi definida por Lula

A eleição de 2022 para o governo do Maranhão foi atípica. Claramente definida pela polarização entre Lula e Bolsonaro na disputa pela presidência. Há, obviamente, uma força de esquerda, de centro-esquerda ou de insatisfação no Nordeste. O candidato do PT venceu em estados onde parecia impossível, a exemplo da Bahia.

O Maranhão está entre os estados mais Lulistas do país. Os números provaram isso. O candidato do PT, Lula, venceu em 214 das 217 cidades do Maranhão no 1º turno das eleições de 2022. Jair Bolsonaro (PL) ganhou em apenas 3 municípios. Nenhum outro candidato conquistou uma cidade além de Lula e Bolsonaro.

No geral, Lula obteve 68,84% dos votos contra 26,02% de Bolsonaro no MA, ou seja, a possibilidade de um governador da direita ser eleito, em um estado de esquerda, era mínima. Esse cenário tira totalmente os “créditos” dos aliados do governador reeleito. É óbvio que quem elegeu Brandão foi sua escolha em caminhar com o ex-presidente. 

Só que agora, após uma vitória de primeiro turno, todo mundo quer ser o “pai da criança”. As brigas de ego, as movimentações e rupturas de grupos políticos, que já começam a brigar pelas eleições de 2024 são sinalizadas. Em São Luís, a oposição de Braide acredita ser a dona dos méritos pela votação de mais de 45% de Carlos Brandão. Chegando em Paço do Lumiar, a oposição da prefeita Paula da Pindoba também trabalhou pela reeleição do governador. Em São José de Ribamar um grupo de ex-prefeitos, a maior bancada de vereadores, ex-secretários, lideranças e até mesmo o vice-prefeito uniram forças para enfrentar o atual prefeito, que sozinho, ainda conseguiu dar mais de 18 mil votos para Weverton Rocha, que ficou em cima do muro, mas que todo mundo sabe que caminhava para o lado de Bolsonaro. Na cidade balneária, a votação foi um reflexo da polarização, tanto que Lahésio Bonfim ficou em segundo lugar. Resumindo, Brandão tem que pedir a benção para Lula, pois sua reeleição deve-se unicamente pelo apoio do petista. 

Agora todo mundo quer privilégios, todo mundo se acha forte, todo mundo se sente pronto para uma disputa nas próximas eleições. Tá todo mundo é empolgado e pegando carona em um cenário que vai mudar completamente no próximo ano e no final das contas o pai da criança É LULA.