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Foto: Divulgação |
A prefeita de Arari, Maria Alves, decretou Situação de Emergência em diversas áreas do município após as recentes chuvas intensas que atingiram a cidade. O decreto, publicado oficialmente nesta semana, é baseado na classificação COBRADE 1.3.2.1.4 — que corresponde a desastres causados por chuvas intensas — conforme a Portaria nº 260 de 2 de fevereiro de 2022.
Segundo a gestão municipal, os temporais causaram alagamentos, inundações e sérios prejuízos tanto na zona urbana quanto rural. Residências, comércios, estradas vicinais, pontes e bueiros foram danificados. A agricultura local também foi impactada, e dezenas de famílias foram desalojadas ou ficaram desabrigadas.
O decreto autoriza a mobilização dos órgãos municipais e a atuação coordenada da Defesa Civil nas ações de resposta e reconstrução. Também estão previstas campanhas de arrecadação e medidas como uso de propriedades particulares em áreas de risco, com garantia de indenização, além de possíveis desapropriações. Serviços e obras emergenciais poderão ser contratados sem licitação, desde que concluídos em até 180 dias.
Contudo, a oposição não engoliu a justificativa da prefeita tão facilmente. Para alguns vereadores críticos da atual gestão, assim como a vereadora Aurinete Freitas, o decreto seria uma “cortina de fumaça” para justificar gastos emergenciais sem transparência e abrir brecha para contratos sem licitação. Há quem diga que os danos foram pontuais e não justificariam uma medida tão ampla.
“Estamos atentos. A prefeitura precisa apresentar dados concretos que sustentem esse decreto. Não podemos permitir que situações de calamidade virem ferramenta de conveniência política”, declarou um parlamentar da base opositora.
Enquanto a Prefeitura defende que o foco é salvar vidas e recuperar o município, a oposição promete fiscalizar cada passo e conferir se, de fato, a tempestade é climática — ou apenas política.
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